sábado, 11 de fevereiro de 2012

A Primavera Árabe


Em dezembro de 2010 um jovem tunisiano, desempregado, ateou fogo ao próprio corpo como manifestação contra as condições de vida no país. Ele não sabia, mas o ato desesperado, que terminou com a própria morte, transformou-se no pontapé inicial do que viria a ser chamado mais tarde de Primavera Árabe


Protestos se espalharam pela Tunísia, levando o presidente Zine el-Abdine Ben Ali a fugir para a Arábia Saudita apenas dez dias depois. Ben Ali estava no poder desde novembro de 1987.
Inspirados no "sucesso" dos protestos na Tunísia, os egípcios foram às ruas. A saída do presidente Hosni Mubarak, que estava no poder havia 30 anos, demoraria um pouco mais. Enfraquecido, ele renunciou dezoito dias depois do início das manifestações populares, concentradas na praça Tahrir (ou praça da Libertação, em árabe), no Cairo, a capital do Egito. Mais tarde, Mubarak seria internado e, mesmo em uma cama hospitalar, seria levado a julgamento.
Tunísia e o Egito foram às urnas já no primeiro ano da Primavera Árabe. Nos dois países, partidos islâmicos saíram na frente. A Tunísia elegeu, em eleições muito disputadas, o Ennahda. No Egito, a Irmandade Muçulmana despontou como favorito nas apurações iniciais do pleito parlamentar.
Líbia demorou bem mais até derrubar o coronel Muamar Kadafi, o ditador que estava havia mais tempo no poder na região: 42 anos, desde 1969. O país se envolveu em uma violenta guerra civil, com rebeldes avançando lentamente sobre as cidades ainda dominadas pelo regime de Kadafi. No dia 20 de outubro de 2011, Muamar Kadafi foi capturado e arrastado por uma carreta em público antes de ser morto com um tiro na cabeça.
O último ditador a cair foi Ali Abdullah Saleh, presidente do Iêmen. Meses depois de ficar gravemente ferido em um atentado contra a mesquita do palácio presidencial emSanaa, Saleh assinou um acordo para deixar o poder. O vice-presidente, Abd Rabbuh Mansur al-Radi, anunciou então um governo de reconciliação nacional. A saída negociada de Saleh foi também fruto de pressão popular.







Dupla: Maria Cecília e Gabriel.


Um comentário:

  1. Bom dia Cecília e Gabriel.

    Olha vocês escolheram um tema que acredito esteja presente em oito de cada dez vestibulares, por isso, precisa de um tratamento mais detalhado. Gostei do mapa, mas procurem outro que trate especificamente da evolução da primavera árabe (não substitua, adicione). Precisamos de mais recursos que ajudem a nossa memória, então adicione imagens (fotografias). Vão até o youtube e adicione algum vídeo que esteja dentro do contexto da reportagem.

    Indique as fontes das reportagens e data de em que foi publicada originalmente.

    Abraço,

    Prof. Rubens

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